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Desafios da infraestrutura portuária diante da alta demanda: impactos na movimentação de contêineres no sul e sudeste do Brasil

Em 2024, o aumento de 20% na movimentação de contêineres nos terminais portuários brasileiros.) está causando desafios logísticos significativos devido à superlotação da infraestrutura portuária e retroportuária. Este cenário está gerando discussões importantes sobre a infraestrutura nos portos do Sul e os impactos nos agentes envolvidos.

A situação atual das estruturas dos portos organizados, instalações portuárias e terminais privados em Santa Catarina e no Brasil apresenta diversos fatores que afetam o fluxo de cargas no modal marítimo. A limitação de berços para atracação, devido a obras em portos importantes como a Portonave e a BTP em Santos, além da falta de operações no Porto de Itajaí, resultaram em um efeito cascata que sobrecarregou outros terminais, como Itapoá em Santa Catarina e o Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) no Paraná. Este último, por exemplo, registrou um aumento de 36% na movimentação de carga nos primeiros meses do ano.

A pressão sobre a infraestrutura portuária no Sul e Sudeste não é uma novidade. O ápice ocorreu em outubro de 2023, com o fechamento da barra do Rio Itajaí-Açu, acesso ao terminal da Portonave, por 21 dias consecutivos devido ao excesso de chuvas em Santa Catarina. Paralelamente, a seca na bacia amazônica trouxe dificuldades adicionais ao gerenciamento de rotas e cargas no país. Os terminais da região não conseguiram absorver toda a demanda, levando ao que muitos especialistas chamam de “caos logístico”. A alta ocupação de terminais portuários e depósitos de contêineres na retroárea dos principais portos ainda persiste.

A alta demanda por serviços de movimentação de contêineres nos depósitos (depots) resultou em um aumento na cobrança de demurrage devido à falta de janelas para devolução dos contêineres. Diante desse cenário, a Antaq deverá exercer sus funções de maneira rigorosa para não permitir a continuidade de impasses, orientando os agentes do setor para minimizar prejuízos econômicos e analisando denúncias de infrações às normas.

Além disso, a agência deve contribuir com a abertura de janelas para embarque e a coordenação de mais espaço junto a depósitos na retroárea dos portos.

Embora as tensões causadas pela alta demanda e obras de infraestrutura continuem, é importante que a Antaq siga buscando soluções para colaborar na resolução de questões importantes para o setor, promovendo a eficiência logística e minimizando os impactos econômicos.

Fonte: Agência Infra / Allog Group